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Entenda o que são os cogumelos e os alucinógenos, um guia completo sobre as drogas, riscos e tratamentos disponíveis.

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A seguir, confira nosso texto sobre "Cogumelos e alucinógenos: um guia completo sobre as drogas" feito por clínicas de recuperação e reabilitação em SP para você.


Você já teve curiosidade sobre cogumelos alucinógenos e como eles afetam a mente humana, né?

Esses organismos fascinantes existem há milhares de anos e fazem parte de rituais culturais, práticas medicinais e, infelizmente, também de usos recreativos perigosos.

Vamos mergulhar nesse mundo complexo e entender melhor o que são essas substâncias, seus efeitos e riscos.

O que este artigo aborda:

Cogumelos e alucinógenos um guia completo sobre as drogas

O que são os cogumelos?

Cogumelos são fungos. Eles não são plantas nem animais. Formam um reino próprio na classificação dos seres vivos, com características únicas.

Os cogumelos são apenas a parte visível de um organismo maior que vive embaixo da terra ou dentro de matéria orgânica. Essa parte escondida se chama micélio.

Existem mais de 14.000 espécies conhecidas. E olha que os cientistas acreditam que esse número é só a ponta do iceberg!

Muitos cogumelos são comestíveis e deliciosos. Outros podem ser venenosos ou ter propriedades que alteram a percepção.

O que são alucinógenos?

Alucinógenos são substâncias que alteram a percepção da realidade no cérebro humano.

Eles podem causar visões, sensações e pensamentos que não existem no mundo real. A pessoa vê cores, formas e até seres que não estão ali de verdade.

Essas substâncias interferem nos neurotransmissores do cérebro, principalmente a serotonina. É como se “bagunçassem” a comunicação entre os neurônios.

O efeito varia muito de pessoa para pessoa. Depende da substância, da quantidade e até do estado emocional de quem consome.

Muitas culturas antigas usavam alucinógenos em rituais sagrados. Achavam que eles abriam portas para mundos espirituais ou para conversas com deuses e ancestrais.

Todos os cogumelos são alucinógenos?

Não, a grande maioria dos cogumelos não causa alucinações.

De todos os cogumelos conhecidos, apenas um pequeno grupo tem propriedades alucinógenas. São principalmente os dos gêneros Psilocybe, Panaeolus e Conocybe.

A maioria dos cogumelos que você encontra na natureza são inofensivos. Muitos são até comestíveis e nutritivos, como o champignon e o shiitake.

Outros podem ser venenosos sem serem alucinógenos. Esses são os realmente perigosos, pois podem causar danos aos órgãos ou até morte.

A confusão entre espécies é um risco enorme, sabe? Tem cogumelos mortais que parecem muito com espécies comestíveis ou alucinógenas.

Cogumelo é droga?

Tecnicamente, os cogumelos alucinógenos são considerados drogas psicoativas.

Eles contêm substâncias como a psilocibina e a psilocina, que alteram o funcionamento do cérebro e causam dependência química. Por isso, são classificados como drogas em muitos países.

No Brasil, os cogumelos que contêm psilocibina estão na lista de substâncias proibidas da Anvisa. A venda, compra e posse são consideradas crime.

É diferente dos cogumelos comestíveis que compramos no mercado. Aqueles são alimentos, não drogas.

Alguns pesquisadores têm estudado o potencial terapêutico dessas substâncias. Mas qualquer uso medicinal ainda está em fase experimental e sob supervisão rigorosa.

O que é o “chá de cogumelo”?

O chá de cogumelo é uma bebida feita com cogumelos alucinógenos.

As pessoas fervem os cogumelos em água por alguns minutos e depois bebem o líquido. Alguns misturam mel ou limão para disfarçar o gosto que, convenhamos, não é dos melhores.

Essa forma de consumo foi popularizada porque muita gente acha que reduz o desconforto estomacal que os cogumelos costumam causar.

O efeito do chá começa mais rápido que comer os cogumelos. Geralmente em 20-30 minutos já dá para sentir as primeiras alterações na percepção.

A intensidade da experiência varia muito. Depende da quantidade, da potência dos cogumelos e da sensibilidade de cada organismo.

O que é mel alucinógeno?

Mel alucinógeno é um produto feito por abelhas que coletam néctar de plantas com propriedades psicoativas.

O mais famoso vem de regiões do Nepal e da Turquia, onde abelhas visitam flores de plantas como o rododendro, que contém graianotoxinas. Essas substâncias podem causar alucinações.

Esse mel especial era usado por tribos antigas em rituais de passagem. Acredita que soldados romanos foram derrotados numa batalha porque o inimigo deixou esse mel no caminho deles?

No Brasil, existem relatos de mel alucinógeno produzido quando abelhas visitam flores de jurema ou de outras plantas que contêm DMT (dimetiltriptamina).

O consumo desse mel é extremamente arriscado. A concentração de substâncias varia demais e pode causar desde leves tontura até problemas cardíacos graves.

Como saber e identificar um cogumelo alucinógeno

Identificar cogumelos alucinógenos é uma tarefa muito arriscada.

Os cogumelos mágicos, como são popularmente chamados, geralmente têm caules finos e chapéus pequenos a médios. Muitas espécies ficam azuladas quando manuseadas.

O Psilocybe cubensis, um dos mais conhecidos, tem chapéu marrom-avermelhado e lamelas (a parte de baixo do chapéu) que escurecem com o tempo.

Mas olha, tem um detalhe super importante: existem cogumelos mortais que parecem muito com os alucinógenos. A confusão pode ser fatal.

Não dá para confiar em guias da internet ou em dicas de amigos. Mesmo especialistas às vezes têm dificuldade em identificar espécies com certeza absoluta.

Tipos de cogumelos alucinógenos

Psilocybe cubensis

Psilocybe cubensis com um fundo preto
Psilocybe cubensis

É o mais conhecido e cultivado dos cogumelos alucinógenos.

Tem um chapéu que varia de marrom claro a dourado, com 2-8 cm de diâmetro. As lamelas são cinza-escuras ou pretas na maturidade.

Cresce naturalmente em esterco de gado em regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, é encontrado principalmente no verão, depois das chuvas.

A concentração de psilocibina varia bastante entre espécimes. Por isso, a intensidade do efeito é imprevisível, podendo causar surtos de esquizofrenia.

Psilocybe semilanceata

Psilocybe semilanceata com fundo verde (grama)
Psilocybe semilanceata

Conhecido como “liberty cap” (chapéu da liberdade), é bem pequeno mas potente.

Tem um chapéu cônico distintivo que lembra um mamilo ou um chapéu pontiagudo. A cor varia de amarelo-marrom a marrom-oliva quando úmido.

É encontrado principalmente em pastagens e campos gramados da Europa e América do Norte. No Brasil é raro.

Este cogumelo pode conter até 1% de psilocibina, o que o torna um dos mais potentes apesar do tamanho reduzido.

Amanita muscaria

cogumelo Amanita muscaria com fundo preto
Amanita muscaria

Diferente dos outros, não contém psilocibina, mas sim muscimol e ácido ibotênico.

É facilmente reconhecível: chapéu vermelho com manchas brancas, como os cogumelos dos desenhos animados e dos jogos de videogame.

Os efeitos são bem diferentes dos causados pela psilocibina. Pode causar delírios, confusão e até comportamento semelhante à embriaguez.

É usado tradicionalmente por xamãs siberianos em rituais religiosos. Existem evidências de que os vikings o usavam antes de batalhas.

Panaeolus cyanescens

cogumelo Panaeolus cyanescens fundo preto
Panaeolus cyanescens

Conhecido como “Hawaiian”, é extremamente potente.

Tem um chapéu pequeno (1-3 cm) de cor branco-acinzentada e escurece para azul-esverdeado quando manuseado ou danificado.

Cresce naturalmente em esterco de animais em climas tropicais, incluindo algumas regiões costeiras do Brasil.

É considerado um dos cogumelos com maior concentração de psilocibina do mundo, cerca de 2-3 vezes mais potente que o P. cubensis.

Cogumelo juba de leão é alucinógeno?

Não, o cogumelo juba de leão não é alucinógeno.

Este cogumelo, cientificamente chamado Hericium erinaceus, é na verdade medicinal e comestível. Tem aparência única, com longas “espinhas” brancas que lembram uma juba.

O juba de leão é cada vez mais estudado por seus potenciais benefícios para o cérebro. Parece estimular o crescimento de células nervosas e poderia ajudar com problemas de memória.

Ele é usado na medicina tradicional chinesa há séculos. Hoje, encontramos suplementos de juba de leão em lojas de produtos naturais.

Nada a ver com alucinações ou viagens psicodélicas, entende? É mais para saúde mesmo.

Ayahuasca é alucinógeno?

Sim, a ayahuasca é um alucinógeno potente.

Ela não é um cogumelo, mas uma bebida preparada com duas plantas da Amazônia: o cipó Banisteriopsis caapi e as folhas do arbusto Psychotria viridis.

A ayahuasca contém DMT (dimetiltriptamina), uma substância alucinógena forte. Os efeitos incluem visões intensas e experiências que muitos descrevem como espirituais.

No Brasil, seu uso é permitido em contextos religiosos, como nas igrejas do Santo Daime, União do Vegetal e outras religiões ayahuasqueiras.

As experiências com ayahuasca costumam ser muito intensas. Incluem vômitos e diarreia, que os usuários consideram parte do processo de “limpeza”.

Muitos usuários relatam que se torna uma droga depressora, visto que o momento é de intenso surto.

Principais plantas alucinógenas brasileiras

Jurema (Mimosa hostilis)

planta alucinógena Jurema Preta com fundo marrom
Jurema Preta

A jurema é uma árvore nativa do nordeste brasileiro.

Sua casca contém DMT, a mesma substância alucinógena presente na ayahuasca. Foi usada tradicionalmente por povos indígenas em rituais.

O “vinho da jurema” é uma bebida ritual preparada com a casca da raiz da planta. Era central nos rituais dos índios Kariri-Xocó e outras etnias.

Hoje, essa planta está associada a religiões como o Catimbó e a Jurema Sagrada, especialmente em Pernambuco e Alagoas.

Caapi (Banisteriopsis caapi)

planta Caapi enrolada num tronco de árvore
planta Caapi

O cipó caapi é um dos componentes da ayahuasca.

Contém substâncias chamadas beta-carbolinas, que são inibidores da MAO (monoamina oxidase), uma enzima do nosso corpo.

Essas substâncias, por si só, têm efeitos psicoativos leves. Mas sua função principal é permitir que o DMT de outras plantas seja ativo quando ingerido.

O caapi cresce naturalmente na Amazônia brasileira e em outros países da América do Sul.

Chacrona (Psychotria viridis)

Chacrona (Psychotria viridis)
Chacrona (Psychotria viridis)

É o segundo componente principal da ayahuasca.

As folhas desta planta contêm DMT, que é o principal responsável pelos efeitos alucinógenos da bebida.

Sozinha, a chacrona não causaria efeitos se ingerida oralmente, pois o DMT seria degradado no estômago. É a combinação com o caapi que permite a experiência psicodélica.

É uma planta arbustiva comum na Amazônia, com folhas verdes brilhantes e pequenas frutas vermelhas.

Trombeta (Brugmansia suaveolens)

Planta Trombeta
Planta Trombeta

Também conhecida como saia-branca ou trombeteira, é extremamente tóxica. Conhecida também como “chá de trombeta” quando fazem o uso como drogas.

Contém atropina, escopolamina e hiosciamina, substâncias que causam delírios e alucinações muito desagradáveis.

Diferente de outras plantas desta lista, a experiência com trombeta é geralmente descrita como terrível e perigosa. Não tem uso ritual estabelecido no Brasil.

Várias mortes e intoxicações graves são registradas anualmente pelo uso indevido desta planta ornamental.

Quando os seres humanos começaram a consumir cogumelos

Os humanos consomem cogumelos alucinógenos há milhares de anos.

Pinturas rupestres na África e Europa, algumas com mais de 9.000 anos, parecem mostrar figuras humanoides usando cogumelos. Sugerem um uso muito antigo.

Estátuas de cogumelos da América Central datam de 1.000 a.C. a 900 d.C. Os maias e astecas chamavam os cogumelos mágicos de “carne dos deuses”.

Na Sibéria, há evidências do uso do cogumelo Amanita muscaria em rituais xamânicos que remontam a pelo menos 3.000 anos.

Muitas culturas indígenas das Américas mantiveram tradições de uso cerimonial de cogumelos até serem suprimidas pelos colonizadores europeus.

Maria Sabina, uma xamã mazateca do México, reintroduziu o uso ritual de cogumelos ao ocidente nos anos 1950. Foi quando o banqueiro americano R. Gordon Wasson participou de uma cerimônia e depois escreveu sobre a experiência.

Como saber se o cogumelo é venenoso?

Não existe um método simples e confiável para identificar cogumelos venenosos.

Esqueça aquelas regras antigas como “se descascar fica azul, é venenoso” ou “se insetos comem, é seguro”. Todas essas dicas populares são perigosas e incorretas.

A única maneira segura de identificar cogumelos é através do conhecimento especializado de suas características botânicas específicas.

Algumas espécies mortais, como a Amanita phalloides (chapéu-da-morte), parecem inofensivas e até apetitosas. Um único espécime pode matar um adulto.

Se você encontrar cogumelos na natureza, a regra é clara: não coma a menos que seja um especialista. Nem mesmo aplicativos de identificação são 100% confiáveis nesse assunto.

Riscos e tratamentos para usuários frequentes

O uso frequente de cogumelos alucinógenos traz riscos consideráveis.

Um dos maiores perigos é o desenvolvimento do TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático) após uma “bad trip”. Essas experiências negativas podem deixar marcas psicológicas duradouras.

Também existe o risco de desencadear transtornos psiquiátricos latentes. Pessoas com histórico familiar de esquizofrenia ou transtorno bipolar têm maior risco.

O HPPD (Transtorno Perceptivo Persistente por Alucinógenos) é outro problema possível. A pessoa continua tendo flashbacks visuais mesmo meses depois do uso.

Para quem desenvolve problemas pelo uso frequente, o tratamento geralmente envolve terapia cognitivo-comportamental. Em alguns casos, medicamentos antipsicóticos ou ansiolíticos podem ser necessários.

A abordagem de redução de danos tem se mostrado mais eficaz que a simples proibição. Informar sobre riscos e oferecer apoio sem julgamento salva mais vidas.

Se conhece alguém que faz o uso de substâncias psicoativas, o tratamento para dependência química pode ser de grande ajuda no processo.

Conclusão

Você chegou até aqui e agora entende melhor esse mundo complexo, não é?

Caso você conheça alguém que está fazendo uso de plantas ou cogumelos alucinógenos, ou ainda, está passando pelo processo de abstinência, entre em contato que podemos ajudar.

Os cogumelos alucinógenos e outras plantas psicoativas fazem parte da história humana há milênios. Seja em contextos religiosos, terapêuticos ou recreativos, essas substâncias continuam fascinando e assustando.

O mais importante é sempre a informação e o respeito. Seja pela potência dessas substâncias, seja pelas leis que regulam seu uso em cada país.

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Lembre-se: conhecimento é a melhor forma de prevenção e cuidado.

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