A seguir, confira nosso texto sobre "Uso de maconha na adolescência: entenda os riscos" feito por clínicas de recuperação e reabilitação em SP para você.
No Brasil, o cenário do uso de maconha na adolescência tem mudado drasticamente nos últimos anos, e isso levanta preocupações cada vez maiores entre pais, educadores e profissionais de saúde.
Informações de instituições como o CEBRID revelam dados alarmantes: 8,4% dos estudantes do ensino médio já experimentaram a substância, e em São Paulo, esse número sobe para 12,3%.
Esses números indicam que o uso de maconha está se tornando uma realidade cada vez mais presente na vida dos jovens brasileiros.
Por trás dessas estatísticas, existem histórias reais de jovens e famílias que enfrentam as consequências dessa exposição precoce.
Vamos esclarecer como o uso de maconha na adolescência afeta o desenvolvimento cerebral, os riscos neurológicos envolvidos e as possíveis consequências para a vida cotidiana dos adolescentes.
O que este artigo aborda:
- Desenvolvimento cerebral na adolescência
- Efeitos da maconha no cérebro adolescente
- Impactos diretos no desempenho cognitivo
- Consequências para a atenção e memória de curto prazo
- Alterações no comportamento social e interpessoal
- Impactos na rotina escolar
- Alterações no convívio familiar
- Riscos Neurológicos
- Redução do volume do hipocampo e prejuízo à memória
- Alterações na substância branca e comunicação
- Diminuição da densidade neural
- Alterações no fluxo sanguíneo cerebral
- Déficits de memória persistentes
- Sinais de alerta no cotidiano
- Mudanças no interesse por atividades e passatempos
- Alterações nas relações sociais e novos amigos
- Comportamentos ocultos
- Tratamento
- Suporte profissional

Desenvolvimento cerebral na adolescência
A adolescência é um período de extrema importância para o desenvolvimento cerebral, comparável a uma grande obra de construção civil, onde o “edifício” (cérebro) está em constante reforma.
Durante esse processo, funções cerebrais essenciais precisam continuar funcionando normalmente, apesar das mudanças intensas.
Entre os 13 e 21 anos, o cérebro está se moldando e aperfeiçoando suas capacidades.
Em um estudo realizado por neurocientistas da USP, foi descoberto que o córtex pré-frontal dos adolescentes brasileiros apresenta picos de desenvolvimento entre 14 e 17 anos, justo quando muitos jovens têm seu primeiro contato com a maconha.
Efeitos da maconha no cérebro adolescente
O cérebro dos adolescentes está em uma fase de desenvolvimento crítico, o que torna ainda mais vulnerável à ação de substâncias como a maconha.
O uso precoce pode interferir nas áreas responsáveis pela memória, aprendizado e controle emocional, afetando o comportamento e o desempenho cognitivo dos jovens.
Impactos diretos no desempenho cognitivo
O uso de maconha durante a adolescência pode prejudicar áreas do cérebro responsáveis pela memória e pelas funções executivas, resultando em dificuldades no aprendizado e concentração.
Isso é especialmente perceptível em tarefas que exigem pensamento crítico e raciocínio lógico.
Consequências para a atenção e memória de curto prazo
Estudos demonstram que a substância interfere na capacidade de retenção de informações imediatas, fazendo com que tarefas simples, como resolver problemas matemáticos, se tornem mais difíceis.
A memória de curto prazo fica prejudicada, dificultando até mesmo a realização de atividades cotidianas.
Alterações no comportamento social e interpessoal
O impacto da maconha no cérebro não se limita apenas à área cognitiva, mas também afeta a regulação emocional, levando a um aumento na irritabilidade e a dificuldades de lidar com situações sociais, o que frequentemente resulta em conflitos com colegas e professores.

Impactos na rotina escolar
O uso de maconha na adolescência não só afeta o comportamento em casa, mas também tem reflexos diretos na vida escolar.
O desempenho acadêmico de jovens que fazem uso da substância pode cair drasticamente, com prejuízos na concentração, no aprendizado e na interação com professores e colegas.
O uso de maconha pode afetar de maneira direta o desempenho escolar dos adolescentes.
Alguns dos efeitos mais comuns incluem:
- Notas baixas em matérias antes dominadas: Alunos que usavam maconha regularmente apresentaram uma queda de até 40% nas notas de matemática em apenas um semestre.
- Faltas frequentes às aulas: A perda de interesse pela escola pode resultar em ausências constantes.
- Desinteresse por atividades extracurriculares: Hobbies e interesses anteriores começam a ser deixados de lado.
- Conflitos com professores e colegas: A irritabilidade causada pelo uso de maconha pode afetar as relações sociais dentro da escola.
Em uma escola estadual de São Paulo, professores observaram que tarefas simples de matemática exigiam o uso de calculadora, algo impensável para esses alunos antes do uso da substância.
Alterações no convívio familiar

A maconha também impacta significativamente as relações dentro do núcleo familiar.
Mudanças de comportamento, como alterações nos horários de sono e aumento da irritabilidade, são comuns entre adolescentes usuários da substância, afetando diretamente as dinâmicas familiares.
O impacto da maconha no cotidiano dos adolescentes também se reflete nas relações familiares:
- Mudanças nos horários de sono: Muitos adolescentes passam a dormir até altas horas da madrugada, o que afeta seu humor e rendimento no dia seguinte.
- Irritabilidade com irmãos mais novos: Pequenas brigas e comportamentos agressivos se tornam mais frequentes.
- Resistência a eventos familiares: A recusa a participar de eventos ou encontros familiares é um sinal comum.
- Gastos inexplicáveis: Alguns adolescentes começam a gastar dinheiro de maneira irracional, muitas vezes relacionado ao consumo de maconha.
Em Campinas, um grupo de pais relatou que seus filhos, antes disciplinados, passaram a ter comportamentos imprevisíveis, como ficar acordados até 3h da manhã e apresentar forte irritabilidade pela manhã.
Riscos Neurológicos
O uso de maconha durante a adolescência pode ter efeitos duradouros e graves sobre o desenvolvimento cerebral.
Durante essa fase, o cérebro ainda está em construção, o que torna os jovens mais suscetíveis aos danos causados pela substância.
Conheça mais sobre os riscos neurológicos abaixo:
Redução do volume do hipocampo e prejuízo à memória
Estudos têm mostrado que o uso de maconha pode levar à redução de até 8% no volume do hipocampo, a região do cérebro responsável pela memória e pelo aprendizado.
Essa alteração pode resultar em dificuldades significativas para o armazenamento e recuperação de informações.
Alterações na substância branca e comunicação
A substância branca, responsável por conectar diferentes áreas do cérebro e facilitar a comunicação entre elas, também é afetada pelo uso de maconha.
A destruição ou modificação dessa substância pode prejudicar o desempenho cognitivo, impactando habilidades como resolução de problemas e tomada de decisões.
Diminuição da densidade neural
A redução da densidade neural em áreas específicas do cérebro, que são responsáveis pela análise e julgamento, pode ter um efeito profundo nas decisões que os adolescentes tomam.
Isso pode resultar em escolhas impulsivas e um aumento nos comportamentos de risco.
Alterações no fluxo sanguíneo cerebral
Mudanças no fluxo sanguíneo cerebral causadas pelo uso de maconha também podem interferir na capacidade de processar informações de forma eficiente, afetando a rapidez e a clareza do pensamento.
Déficits de memória persistentes
Mesmo após seis meses sem o uso de maconha, muitos adolescentes continuam a enfrentar déficits de memória significativos.
Isso demonstra o impacto duradouro que a substância pode ter no cérebro em desenvolvimento.
Sinais de alerta no cotidiano
Embora os efeitos do uso de maconha possam ser difíceis de perceber no início, com o tempo, as mudanças comportamentais tornam-se mais evidentes.
Adolescentes que começam a usar a substância podem demonstrar uma série de sinais que indicam alterações no seu comportamento e estilo de vida.
É importante que os pais e responsáveis fiquem atentos a esses sinais, que podem ser um indicativo de que o jovem está consumindo maconha.
Mudanças no interesse por atividades e passatempos
Uma das primeiras mudanças observadas em adolescentes usuários de maconha é a perda de interesse por atividades que antes eram valorizadas, como esportes e hobbies criativos.
Atividades que demandam energia e esforço, como o futebol, podem ser abandonadas, dando lugar a hábitos mais sedentários, como passar horas jogando videogame.
Alterações nas relações sociais e novos amigos
O círculo social do adolescente também tende a mudar com o uso de maconha.
Muitas vezes, eles se aproximam de outros jovens que também são usuários da substância.
Essa mudança nas amizades pode trazer comportamentos mais suspeitos e influências negativas para o adolescente.
Comportamentos ocultos
À medida que o uso de maconha se intensifica, muitos adolescentes começam a esconder suas atividades e mentir sobre seus locais de encontro ou o que têm feito.
Isso é um sinal claro de que algo pode estar acontecendo de forma oculta e exige atenção.
Esses sinais são fundamentais para que pais e responsáveis identifiquem precocemente o uso da substância e possam tomar medidas preventivas ou buscar ajuda profissional.
Tratamento
O tratamento para adolescentes que fazem uso de maconha é complexo, mas possível.
Em uma clínica de recuperação em São Paulo, 80% dos adolescentes em tratamento relataram que o uso começou em festas com amigos.
O programa de recuperação inclui:
- Terapia individual semanal
- Encontros familiares quinzenais
- Atividades esportivas diárias
- Acompanhamento escolar personalizado
- Oficinas de música e arte
Um grupo de 15 adolescentes em tratamento criou um blog anônimo para relatar suas experiências.
As histórias compartilhadas mostram que, embora a recuperação seja desafiadora, ela é completamente possível com o apoio adequado.
Suporte profissional
O tratamento é um processo, e o primeiro passo é sempre o mais importante.
A boa notícia é que a recuperação é possível quando se busca ajuda profissional e se tem o apoio da família.
Se o seu filho ou alguém que você conhece está enfrentando o uso de maconha, entre em contato com a Clínica Anjos da Vida.
Nossa equipe especializada pode oferecer o suporte necessário para ajudar seu filho a superar esse desafio e retomar o caminho de uma vida saudável e equilibrada.
Entre em contato com a Clínica Anjos da Vida hoje mesmo.
Serviços
Somos especializados em clínica de recuperação pelo convênio bradesco, tratamento da dependência química, tratamento para alcoolismo, tratamento para esquizofrenia, tratamento para saúde mental, tratamento para vício em drogas, tratamento para vício em jogos.