A seguir, confira nosso texto sobre "Maconha causa dependência? Veja o que diz a ciência" feito por clínicas de recuperação e reabilitação em SP para você.
No consultório, é comum ouvir histórias semelhantes de pessoas que começaram a usar maconha de forma esporádica, mas logo sentiram que não conseguiam mais parar, pois, não sabiam que a maconha causa dependência.
Esses relatos não são isolados; são reflexos de uma tendência crescente, onde o uso recreativo se transforma, sem aviso, em uma necessidade constante.
E o que mais assusta é que muitos só percebem o quão longe chegaram quando o uso já não é mais uma escolha, mas uma compulsão.
Estudos científicos indicam que, de cada 100 pessoas que experimentam a maconha, 9 acabam se tornando dependentes.
Esse número é ainda mais alarmante entre os adolescentes, onde a taxa de dependência sobe para 17.
Ou seja, a substância, muitas vezes considerada inofensiva, pode ter efeitos devastadores, especialmente no cérebro em desenvolvimento dos jovens.
A questão que fica é: o que acontece no nosso corpo e cérebro para que isso aconteça?
Por que algo que começa como um hábito aparentemente inofensivo pode, rapidamente, se tornar uma prisão mental e física?
Abaixo, vamos entender os mecanismos biológicos e neuroquímicos que fazem da maconha uma substância viciante, assim como os impactos dessa dependência no cérebro e nas funções cognitivas dos usuários.
Vamos entender o funcionamento do cérebro diante da maconha, os riscos associados a essa dependência e como ela pode afetar nossa vida de maneira irreversível, tanto no aspecto emocional quanto no físico.
O que este artigo aborda:
- Como a maconha atua no cérebro?
- Dependência de maconha: Como se desenvolve?
- Riscos de dependência da maconha
- Alterações no humor e memória
- Redução da motivação
- Problemas respiratórios
- Impactos nos adolescentes em desenvolvimento
- Como saber se você ou alguém está dependente?
- Consumo frequente
- Perda de interesse por atividades prazerosas
- Tentativas frustradas de reduzir o uso da maconha
- Preocupações constantes
- Importância do tratamento na dependência de maconha

Como a maconha atua no cérebro?
O principal componente psicoativo da maconha é o tetraidrocanabinol (THC).
Quando consumido, o THC entra na corrente sanguínea e atinge rapidamente o cérebro, ligando-se aos receptores canabinoides, que estão presentes em várias áreas do cérebro, especialmente nas relacionadas ao prazer, memória e coordenação motora.
O efeito imediato da maconha é uma sensação de prazer ou euforia, que pode ser seguida por uma sensação de relaxamento.
No entanto, com o uso contínuo, o cérebro começa a se adaptar a esses efeitos, o que leva à necessidade de doses maiores para alcançar os mesmos resultados.
Essa adaptação é uma das razões que tornam a maconha viciante.
Efeitos da maconha no cérebro:
- Atuação do THC nos Receptores Canabinoides:
O principal componente psicoativo da maconha, o THC, se liga aos receptores canabinoides no cérebro, especialmente nas áreas relacionadas ao prazer, memória e coordenação motora.
- Sensação de Prazer ou Euforia:
O uso imediato da maconha causa uma sensação de prazer ou euforia, que é frequentemente o motivo do consumo inicial.
- Relaxamento:
Após a euforia, pode ocorrer uma sensação de relaxamento, o que leva muitos usuários a recorrer à substância para aliviar o estresse e a ansiedade.
- Adaptação do Cérebro aos Efeitos:
Com o uso contínuo, o cérebro se adapta aos efeitos da maconha, diminuindo a resposta aos efeitos iniciais. Isso leva os usuários a necessitarem de doses maiores para alcançar os mesmos resultados.
- Necessidade de Doses Maiores:
A adaptação do cérebro é uma das principais razões pelas quais a maconha pode se tornar viciante. Os usuários começam a precisar de quantidades maiores da substância para obter os efeitos desejados.
Esses efeitos podem levar ao ciclo da dependência, onde o cérebro, ao se acostumar com os efeitos da maconha, exige cada vez mais a substância para tentar recuperar a sensação inicial de prazer.
Dependência de maconha: Como se desenvolve?
A dependência de maconha não é algo que acontece da noite para o dia.
Começa quando o uso esporádico se torna mais frequente, e a substância passa a ser utilizada para lidar com emoções ou situações do cotidiano.
O consumo contínuo afeta os circuitos de recompensa do cérebro, criando uma “necessidade” de consumir a substância para sentir prazer ou para evitar o desconforto.
Pesquisas científicas indicam que o uso prolongado da maconha altera a química cerebral, o que pode prejudicar áreas responsáveis pela motivação, memória e tomada de decisões.
Como resultado, os usuários podem desenvolver um ciclo vicioso de consumo, onde a substância se torna essencial para o funcionamento diário.

Riscos de dependência da maconha
A dependência de maconha pode ter impactos negativos não só no cérebro, mas também no corpo de uma pessoa.
Entre os principais riscos estão:
Alterações no humor e memória
O uso constante de maconha pode impactar significativamente a memória de curto prazo, dificultando a retenção de informações importantes no cotidiano.
Os usuários podem experimentar alterações no humor, como irritabilidade, ansiedade e até sintomas depressivos.
Essas alterações podem afetar negativamente a qualidade de vida, prejudicando o bem-estar emocional e social do indivíduo.
Estudos indicam que o uso crônico da substância pode danificar as conexões neuronais, tornando ainda mais difícil o processo de memorização e o controle emocional.
Redução da motivação
Outro risco associado à dependência de maconha é a redução da motivação, um fenômeno muitas vezes descrito como “síndrome amotivacional“.
A pessoa pode começar a demonstrar desinteresse por atividades que antes lhe davam prazer, como trabalhar, estudar ou interagir socialmente.
Isso se deve ao impacto que a substância tem na dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e motivação.
Sem uma motivação suficiente, o desempenho acadêmico, profissional e pessoal do indivíduo pode cair drasticamente, prejudicando seu progresso e suas conquistas.
Problemas respiratórios
Além dos impactos cerebrais e emocionais, o uso contínuo de maconha pode causar sérios problemas respiratórios, principalmente quando a substância é fumada.
O ato de fumar maconha pode danificar os pulmões, assim como o cigarro, levando ao aumento do risco de bronquite crônica, tosse frequente e outros distúrbios respiratórios.
A exposição prolongada ao fumo pode resultar em danos permanentes nas vias aéreas, afetando a capacidade pulmonar e a respiração.
Embora o uso de vaporizadores tenha se tornado uma alternativa popular, a segurança a longo prazo dessa prática ainda não está completamente esclarecida.
Impactos nos adolescentes em desenvolvimento
Esses riscos são ainda mais graves para adolescentes, cujos cérebros ainda estão em fase de desenvolvimento.
A exposição precoce à maconha pode interferir no processo de maturação cerebral, prejudicando áreas responsáveis pela tomada de decisões, controle de impulsos e habilidades cognitivas.
O uso da substância durante essa fase crítica pode resultar em consequências duradouras, afetando o aprendizado, a socialização e o desenvolvimento emocional do jovem.
A combinação da maconha com outras substâncias psicoativas pode potencializar esses danos, tornando os adolescentes ainda mais vulneráveis aos riscos da dependência.
Como saber se você ou alguém está dependente?
A dependência de maconha pode ser difícil de perceber, principalmente porque ela muitas vezes começa de forma gradual.
Alguns sinais de que o uso da substância se tornou um problema incluem:
Consumo frequente
Quando o uso de maconha se torna algo recorrente, mesmo quando não há desejo genuíno ou necessidade para isso, é um sinal claro de dependência.
As pessoas que enfrentam esse tipo de comportamento podem encontrar dificuldade em parar de usar a substância, mesmo quando tentam fazê-lo.
O consumo parece ser mais compulsivo, onde a pessoa sente que não consegue se controlar, o que é uma característica típica de dependência.
Esse consumo sem necessidade pode ser um reflexo de como a substância passa a dominar a rotina do usuário, tornando-se algo essencial para lidar com as situações do dia a dia.
Perda de interesse por atividades prazerosas
Um dos primeiros sinais de dependência de maconha é a perda de interesse por atividades que antes eram desfrutadas. Isso inclui hobbies, interações sociais, estudos ou trabalho.
Quando a pessoa começa a preferir usar maconha em vez de participar de atividades que antes proporcionavam prazer, isso indica que o foco e a motivação estão sendo desviados pela dependência.
Essa perda de prazer em outras áreas da vida é um reflexo do impacto da substância no sistema de recompensa do cérebro, que passa a priorizar a maconha acima de outras experiências positivas.
Tentativas frustradas de reduzir o uso da maconha
Muitas pessoas que se tornam dependentes de maconha tentam, sem sucesso, reduzir ou parar de usar a substância.
Essas tentativas frustradas de controle geralmente geram frustração e sentimento de impotência.
A dependência física e psicológica é muitas vezes forte o suficiente para dificultar o abandono do uso.
Mesmo quando a pessoa reconhece os efeitos negativos do consumo, como impactos na saúde, nas relações sociais e profissionais, ela continua a usar maconha.
Isso ocorre porque a dependência pode alterar a forma como o cérebro processa a necessidade de gratificação imediata, tornando mais difícil resistir ao impulso de usar a substância.
Preocupações constantes
Outro sinal de dependência de maconha é a preocupação constante com o consumo da substância.
Isso pode se manifestar de várias maneiras, como pensar frequentemente sobre a quantidade que será consumida, planejar onde e quando usar, ou se preocupar com a falta de maconha.
Essas preocupações podem começar a ocupar uma quantidade significativa de tempo e energia mental, o que é um indicativo de que o uso da substância está afetando negativamente o comportamento e a qualidade de vida do indivíduo.
Quando a preocupação com o consumo se torna uma prioridade, é importante considerar que a dependência pode estar se instalando.
Se você ou alguém próximo está apresentando esses sinais, é fundamental buscar apoio e ajuda profissional.
Importância do tratamento na dependência de maconha
O tratamento para a dependência de maconha pode ser desafiador, mas é possível.
Com acompanhamento profissional, psicoterapia e, em alguns casos, apoio médico, muitos conseguem retomar o controle da sua vida e quebrar o ciclo de dependência.
A Clínica Anjos da Vida oferece um ambiente acolhedor e especializado, com uma abordagem focada em saúde mental, ajudando os pacientes a recuperar o equilíbrio, melhorar a qualidade de vida e evitar os riscos a longo prazo do uso contínuo da maconha.
Serviços
Somos especializados em tratamento da dependência química, tratamento para alcoolismo, tratamento para esquizofrenia, tratamento para saúde mental, tratamento para vício em drogas, tratamento para vício em jogos.